Arthur Ryber perguntou se poderia fazer sexo oral com Adolescente em banheiro de Shopping
O ativista da causa LGBT e militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Arthur Ryber, de 24 anos, foi detido sob acusação de tentativa de estupro de vulnerável após ser denunciado por assédio a um adolescente de 13 anos em um banheiro de um centro comercial em Santos (SP). O incidente ocorreu na última quinta-feira, dia 6.
O incidente supostamente aconteceu no banheiro de um shopping no bairro Gonzaga, onde o homem questionou se poderia realizar sexo oral no menino. Ryber, em uma entrevista ao portal g1, admitiu ter feito uma “piada idiota”. Ele é parte do Conselho Municipal de Políticas LGBT+ (ConLGBT) de Santos.
Talita Santos, de 31 anos e mãe da vítima, contou que seu filho estava entrando no box do banheiro quando a porta fechou com estrondo, ao que o jovem respondeu com um “eita”. Ryber, que se encontrava no box adjacente, ecoou a expressão e fez um comentário de natureza sexual. Talita, que esperava por seu filho do lado de fora, relatou que ele emergiu correndo do banheiro e relatou a experiência de assédio.
Os colaboradores do shopping foram chamados e esperaram a saída do ativista LGBT do sanitário. Quando a polícia chegou, todos os envolvidos foram conduzidos ao 7º Distrito Policial (DP), onde o depoimento do adolescente foi colhido, e sua mãe preencheu um boletim de ocorrência. Talita registrou o rosto do indivíduo e dialogou com os empregados das lojas, que confirmaram que ele já era notório por molestar pessoas no banheiro.
Revoltada, Talita destacou a indignação pelo fato de o homem ser um militante e ativista político. “Ele ouviu a voz do meu filho”, disse Talita. “E meu filho tem voz de criança, não tem nem voz de adulto. Estou aliviada de saber que não foi mentira o que meu filho.”
Talita destacou a importância de justiça para o seu filho, expressando preocupação com as consequências psicológicas do incidente. “Ele [adolescente] já falou que não vai entrar mais no banheiro sozinho.”
A delegada Deborah Lázaro, que atua na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos, comunicou que um inquérito será aberto para investigar o caso.
O que diz o ativista LGBT?
Ryber comunicou ao g1 sua compreensão da aflição da mãe do adolescente devido ao receio da impunidade e o desejo de buscar justiça. Ele, que é membro do PCdoB e pertence ao Grupo Globo, negou qualquer tentativa de causar desconforto. Contudo, ele será responsabilizado pelo crime de tentativa de abuso de um menor vulnerável. Ryber, que é comunista e ativista da causa LGBT, insistiu que, em sua visão, o caso foi apenas uma “piada”.
“Fiz uma piada idiota, dentro da minha cabine e sem ver o rapaz”, afirmou Ryber. “Não faz nem sentido oferecer ou pedir o que quer que seja para alguém que eu nem vi.”
O ConLGBT de Santos, em uma nota no Instagram, manifestou repúdio a qualquer atitude ilícita ou desrespeitosa. O ativista LGBT pediu para se afastar do movimento, solicitação que foi aceita. O conselho se comprometeu a cooperar com as autoridades na investigação e enfatizou a necessidade de assegurar o processo legal, o direito à defesa completa e ao contraditório.
“Por fim, é necessário apontar que é descabido relacionar o suposto comportamento criminoso com a orientação sexual do seu eventual autor e, muito menos, com toda comunidade LGBTQIA+”, posicionou-se o ConLGBT.
O conselho, em momento algum, fez referência a Ryber – em outras palavras, optou por não mencionar o nome de um acusado de delito sexual contra um menor. O ConLGBT não ofereceu suporte ao jovem de 13 anos que supostamente foi vítima do ativista de esquerda.
O caso foi registrado como uma tentativa de estupro de vulnerável na Delegacia de Defesa da Mulher de Santos, conforme informado pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP). “Detalhes serão preservados por envolver menor de idade e por se tratar de crime sexual”, informou a pasta. As informações são da Revista Oeste.