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Flávio Dino compara suposta tentativa de golpe na Bolívia com o 8 de janeiro

‘Neste momento, estamos transpondo mais uma tentativa de golpe de Estado armado na América Latina’, disse o ministro do Supremo

Na sexta-feira, dia 28, a suposta tentativa de golpe na foi comparada ao 8 de janeiro pelo ministro do Tribunal Federal (STF), Flávio Dino.

De acordo com Dino, a diferença é que a manifestação no Brasil teve uma roupagem “institucional”.

“Neste momento, estamos transpondo mais uma tentativa de golpe de Estado armado na América Latina”, observou Dino, durante o 12° Fórum de Lisboa, conhecido como “Gilmarpalooza”. “Na Bolívia, houve uma tentativa de insurreição contra as regras constitucionais. Isso mostra que temos uma necessidade premente, imprescindível, insubstituível que a jurisdição constitucional cumpra o seu papel de defesa contra as investidas antidemocráticas.”

Para o juiz do STF, “a jurisdição constitucional é fundamental para proteger a sociedade das investidas antidemocráticas, sejam aquelas marcadas pelo uso aberto da força na Bolívia, sejam aquelas tentativas chamadas doutrinariamente de constitucionalismo abusivo, no caso brasileiro”.

Flávio Dino cita suposto golpe na Bolívia

Em um período inferior a 24 horas, os militares que sitiavam o Palácio Quemado para um “golpe” se retiraram do local. Essa ação ocorreu após uma discussão entre o presidente boliviano, Luis Arce, e o general que liderava o ato, Juan Zuñiga, que foi recentemente demitido por Arce.

Depois da conversa, não ocorreram prisões imediatas de autoridades, mas sim uma mudança no comando das Forças Armadas. Os recém-nomeados para os cargos foram José Wilson Sánchez Velasquez (Exército), Gerardo Zabala Alvarez (Aeronáutica) e Renán Guardia Ramírez (Marinha). Algumas horas mais tarde, Zuñiga foi preso e afirmou que tudo não passava de uma “farsa”.

Esse incidente provocou uma discussão acerca da autenticidade do que poderia ser uma quebra institucional no governo, principalmente pela ausência de apoio das outras Forças.

Um diplomata experiente em questões da América Latina notou que os golpes de Estado tendem a ser mais complexos e geralmente acontecem durante a noite, não como o que foi observado na Bolívia. Além disso, não seria apenas o edifício do poder executivo que seria invadido, mas também o parlamento e outras instituições. Em seguida, seria feito um anúncio em rede nacional para comunicar a ação. As informações são da Revista Oeste.


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