O Partido Comunista Chinês está investindo em publicidade global no Twitter. As campanhas envolvem administrações regionais. Ao mesmo tempo, o governo da China bloqueia o acesso dos usuários à plataforma no país.

A conclusão é de uma análise realizada pela Reuters em documentos públicos. Entre eles, licitações governamentais, orçamentos e tuítes promovidos de 2020 a 2022 mostrando que autoridades de governos locais e escritórios de propaganda do Partido Comunista Chinês para cidades, províncias e até distritos de todo o país recorreram ao Twitter.

As promoções apresentavam atrações locais, conquistas culturais e econômicas para o público internacional. O material foi permitido sob uma isenção da proibição do Twitter de publicidade na mídia estatal.

Empresas de jogos, comércio eletrônico e tecnologia na China também são clientes-chave da rede social. As vendas do Twitter de anúncios no exterior para os chineses são estimadas em “centenas de milhões de dólares por ano”, de acordo com fontes que atuam no setor ouvidas pela Reuters.

Os negócios feitos na China dividiram opiniões dentro da companhia, segundo Peiter Zatko, ex-chefe de segurança da plataforma. A afirmação ocorreu nesta terça-feira, 13. “Este foi um grande enigma interno”, disse o especialista. Ele ainda afirmou que o Twitter estava relutante em se afastar dos chineses, devido ao rápido crescimento da receita de publicidade do país direcionada ao mercado externo.

Além disso, Zatko disse que, uma semana antes de ser demitido do Twitter, soube que o FBI avisou a empresa de um agente do Ministério de Segurança do Estado da China na folha de pagamentos da rede social. A agência é a principal de espionagem do país. As informações são da Revista Oeste.

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O governo da Coreia do Norte intensificou a ajuda a famílias afetadas por um surto de doença intestinal não identificada, na região agrícola de Hwanghae do Sul. Vários lotes de medicamentos, primeiros socorros e alimentos foram enviados ao local na última sexta-feira, 17.

Segundo a agência de notícias oficial KCNA, o líder do país, Kim Jong-un, vem se empenhando pessoalmente na administração da crise da doença na Coreia do Norte. O comunicado oficial do governo comunista diz que os moradores locais têm recebido a ajuda com lágrimas.

Ainda de acordo com informações oficiais, mais de 20 mil casos febris foram tratados nos últimos dias em todo o país, com sintomas semelhantes da doença intestinal. O governo informa que intensificou a produção de medicamentos na capital Pyongyang.

A Coreia do Norte declarou estado de emergência em maio depois de anunciar que milhões de pessoas estavam com ‘febre’, que se acredita serem casos não testados de covid-19.

Um funcionário do Ministério da Unificação da Coreia do Sul, que lida com assuntos intercoreanos, disse à agência de notícias Reuters que o governo suspeita que o surto no país vizinho seja de cólera ou febre tifoide.

A comunista Coreia do Norte tem um sistema de saúde com poucos recursos e recentemente recusou ofertas internacionais de vacinas para a covid-19 para sua população.

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Pequim passa por um surto “explosivo” de covid-19 relacionado a um bar, disse o porta-voz do governo neste sábado, 11. O alerta seguiu um novo endurecimento das restrições em razão da doença na capital da China, que entraram em vigor na quinta-feira 9.

Com cerca 1,5 bilhão de habitantes, o governo da China registrou 224 mil contaminações por covid-19 desde que a pandemia teve início. De acordo com site Worldometers, deles, 5 mil morreram. Oficialmente, a taxa de infecção na China está baixa para os padrões globais. Ainda assim, o governo mantém a política de tolerância zero à covid-19.

As autoridades argumentam que é preciso proteger os idosos e o sistema de Saúde. “O recente surto é de natureza fortemente explosiva e de alcance generalizado”, disse Xu Hejian, porta-voz do governo municipal de Pequim, em uma coletiva de imprensa.

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Os Estados Unidos estão pressionando a China para que o país asiático não forneça nenhum tipo de auxílio militar à Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e teria pedido ajuda aos chineses para manter seu esforço de guerra.

A ameaça sobre “consequências” de a China se envolver no conflito foi repassada aos chineses em uma reunião, que teve sete horas de duração, nesta segunda-feira (14/3), em Roma, entre Jake Sullivan, o conselheiro de segurança nacional do presidente americano, Joe Biden, e Yang Jiechi, diretor da comissão de Relações Exteriores do Partido Comunista chinês, informou o jornal The New York Times.

Como a dominação e a rendição da Ucrânia não ocorreram na velocidade esperada pelos russos, o presidente Vladimir Putin estaria solicitando ajuda aos chineses, que não condenaram a invasão russa e vêm pedindo acordos de paz, porém, sem sancionar economicamente o país invasor, como têm feito as potências ocidentais.

“Fomos muito claros, tanto em particular quanto publicamente com Pequim, de que haverá consequências para tal apoio”, disse Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, em entrevista coletiva na Casa Branca nesta segunda-feira. “Garantiremos que nenhum país seja capaz de se safar com uma coisa dessas”, completou o porta-voz do governo americano, sem detalhar as “consequências”.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, reforçou: “Se houver apoio de qualquer tipo, haverá consequências”.

A China ainda não se manifestou nem informou se pretende ou não apoiar a Rússia militarmente, mas os dois países têm se aproximado politicamente.

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A visita foi inicialmente noticiada pela Reuters e confirmada pouco depois por diplomatas taiwaneses. A embaixada de Taiwan nos EUA disse que a viagem é “um sinal de que as relações entre Taipei e Washington permanecem ‘sólidas’!”

Liderada pelo ex-presidente do Estado-Maior Conjunto Mike Mullen, a delegação inclui Meghan O’Sullivan, ex-vice-assessora de segurança nacional no governo de George W. Bush, e Michele Flournoy, ex-subsecretária de Defesa de Barack Obama. Os ex-funcionários do Conselho de Segurança Nacional Mike Green e Evan Medeiros também viajaram com o grupo.

A equipe deve chegar a Taipei na terça-feira e se reunir com o presidente Tsai na quarta-feira.

Uma viagem semelhante ocorreu sob a direção de Biden em abril passado, quando um grupo de ex-legisladores e diplomatas viajou a Taiwan para garantir a Taipei que Washington apoiaria a defesa do país insular. Enquanto o governo em Pequim insiste que Taiwan pertence à China, os EUA apoiaram extra-oficialmente a independência de Taiwan, fornecendo armas para Taipei mesmo reconhecendo a reivindicação da China à ilha.

Os EUA não fazem parte de nenhum tratado de segurança vinculativo com Taiwan e nunca se comprometeram a defender a ilha com força. Essa posição de não comprometimento, juntamente com a recusa dos EUA em enviar tropas para a Ucrânia em resposta à ofensiva militar da Rússia na semana passada, levou a especulações na mídia americana de que Pequim pode estar considerando “uma invasão”.

Em uma entrevista na semana passada, o ex-presidente Donald Trump afirmou que a China iria “absolutamente” atacar Taiwan durante a presidência de Biden.

Embora não haja sinais de que tal medida esteja em andamento, Taiwan acusou os militares chineses de sondar sua zona de defesa aérea com jatos na semana passada.

Falando à Reuters, uma autoridade dos EUA não identificada se recusou a vincular a viagem da delegação a qualquer ameaça maior, dizendo que, em vez disso, representava o “compromisso mais amplo de Biden com Taiwan”.

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Nesta quinta-feira (24), a Ministério da Defesa de Taiwan revelou que nove aeronaves chinesas entraram em sua zona de defesa aérea. O registro acontece no mesmo dia em que a Rússia invadiu a Ucrânia. As informações são da agência Reuters.

Segundo o Ministério da Defesa de Taiwan, oito caças chineses J-16 e um avião de reconhecimento Y-8 foram vistos. Eles voaram em uma área a nordeste das Ilhas Pratas, controladas pelo Taiwan, no extremo superior do Mar do Sul da China.

Há dois anos, o Taiwan reclama de missões regulares da força aérea chinesa.

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Durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno, que acontecem Pequim (China), um repórter holandês foi hostilizado por policiais locais enquanto fazia uma entrada ao vivo.

Sjoerd den Daas, da emissora NOS, foi empurrado por um dos policiais, enquanto outro tentou bloquear a imagem da câmera.

Mark Adams, porta-voz do Comitê Olímpico Internacional (COI) afirmou que a organização entrou em contato com o repórter e a emissora para se desculpar pelo incidente. “Eu acho que alguém tentou ser cuidadoso demais”, justificou. Neste sábado, o COI afirmou que o ocorrido foi um incidente isolado e que o trabalho da mídia internacional não será prejudicado durante a cobertura dos jogos.

“Nós vamos nos certificar que, dentro do nosso perímetro (medida de segurança contra a disseminação da Covid-19), a imprensa poderá seguir com seu trabalho normalmente”, disse Adams.

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Com a proximidade dos Jogos de Inverno de Pequim, cristãos chineses estão se preparando para manter a discrição a fim de evitar o aumento da perseguição a sua fé. De acordo com o contato local da Portas Abertas, Zhang Wei*, durante eventos anteriores de grande porte, pastores já receberam ligações de autoridades chinesas orientando que eles “se comportassem”. Embora não tenham recebido nenhum aviso sobre os jogos deste ano, o pastor Huang*, de Pequim, diz saber o que se espera dos cristãos nessas épocas: “Ficar quietos”, disse ele.

– Sabemos que não devemos estar “ativos” durante esse tipo de evento. Sabemos como devemos nos comportar durante esse período. E isso é ficar quieto – declarou Huang, que também é parceiro local da Portas Abertas, organização de apoio a cristãos perseguidos em todo o mundo.

A China ocupa o 17° lugar na Lista Mundial da Perseguição 2022, que enumera os 50 países onde há mais repressão contra os cristãos. No país, é obrigatório que as igrejas sejam registradas e controladas pelo governo, e igrejas domésticas são consideradas clandestinas.

No ano passado, houve relatos de pastores de igrejas domésticas que que receberam ligações recorrentes de autoridades, orientando que eles “se comportassem”, “ficassem quietos” e “permanecessem invisíveis no domínio público” durante as celebrações do Dia Nacional da República Popular da China.

– Para os cristãos comuns, as consequências podem ser apenas avisos ou registro de sua identidade. Para líderes e pastores, eles podem ser interrogados por horas, detidos durante a noite e multados. Pode haver consequências mais graves se as igrejas resistirem às autoridades e causarem tumultos ou problemas durante grandes eventos. Se for descoberto que o líder da igreja conseguiu realizar os cultos e reuniões, ele pode receber uma detenção administrativa por alguns dias até ou até duas semanas – diz Zhang Wei.

Segundo a ONG, o governo chinês considera o cristianismo de origem ocidental e veem essa fé como ameaça de infiltração estrangeira e, por isso, alertam para que os pastores minimizam suas atividades.

Os Jogos de Inverno de Pequim terá competições já a partir da próxima quarta-feira (2), mas a cerimônia de abertura ocorrerá na sexta-feira (4). Serão 17 dias de competição, mais os dois adicionais que antecederão o início oficial. O país receberá cerca de 3 mil atletas de 15 modalidades.

*Os nomes das fontes foram alterados por motivos de segurança

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A China vai controlar 69% das reservas de milho de todo o mundo já no primeiro semestre de 2022, além de 60% das reservas de arroz e 51% do trigo. As projeções são do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), segundo o qual esse acúmulo aumentou em cerca de 20 pontos percentuais nos últimos 10 anos.

Considerando que as afirmações vieram do maior adversário dos chineses, a informação poderia ter um viés suspeito. No entanto, a “fome” do gigante asiático é comprovada por declarações vindas do próprio governo comunista.

“A China detém atualmente um estoque de alimentos em níveis historicamente altos […] que conseguem responder a uma demanda equivalente a um ano e meio”, afirmou no último mês de novembro Qin Yuyun, responsável pelo departamento de cereais da Administração Nacional de Alimentos e Reservas Estratégicas de Pequim.

Apenas em 2020 a China gastou US$ 98,1 bilhões de dólares em importações de alimentos, de acordo com os dados da Administração Geral e Alfandegária do país asiático. De janeiro a setembro de 2021, Pequim reforçou as suas reservas nos maiores níveis desde 2016 comprando mais soja, milho e trigo entre duas a doze vezes mais que Brasil e EUA, por exemplo.

O resultado desse acúmulo de reservas veio em forma de inflação: segundo os dados da Agência para a Alimentação e Agricultura da ONU, os preços dos alimentos dispararam 30% num ano em todo o mundo. Em novembro, o índice alimentar das Nações Unidas voltou a registar um novo máximo de 10 anos. “A acumulação da China é uma das razões para o aumento dos preços”, afirmou Akio Shibata, presidente do Instituto de Investigação de Recursos Naturais de Tochigi, em entrevista ao Nikkei Asia.

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Apesar da crise econômica e social que atinge as maiores potências do mundo, a China parece voar em “céu de brigadeiro”. Isto porque o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 8,1% em 2021, se comparado ao ano anterior. Este é o melhor resultado nos últimos 10 anos, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (17).

Para se ter uma ideia, em 2020, o país registrou crescimento de apenas 2,2%. Em cada um dos três primeiros trimestres, a China manteve crescimento de 4,9%, e fechou o ano com 4,4% – reflexo de um repique da pandemia que levou ao confinamento de diversas cidades.

Primeiro país a registrar casos de Covid-19, a China também foi o que voltou à “normalidade” mais rápido. No entanto, 2022 lança desafios ao gigante asiático, que impôs uma rígida quarentena a milhões de cidadãos em função sua política de “Covid zero”.

Um dos efeitos do novo surto de Covid-19 no país atingiu os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, que começam no próximo dia 4. O Comitê Organizador anunciou nesta segunda-feira a suspensão da venda de ingressos ao público em geral. A organização informou que os tíquetes serão distribuídos a grupos específicos de torcedores.

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