Na última etapa da Lesa Pátria, que resultou no encarceramento de 49 manifestantes do dia 8 de janeiro, houve expressões de desconforto entre os agentes da Polícia Federal (PF) pelo fato de terem que prender indivíduos doentes e idosos.

Participantes do ato da PF relataram constrangimento a Revista Oeste, em confidencialidade.

A mesma impressão é compartilhada por advogados que participaram de algumas das operações realizadas em 18 Estados, além do Distrito Federal.

“São nítidos o constrangimento e a incredulidade dos policiais com quem tive contato, por terem de prender gente assim”, disse uma fonte, ao mencionar que um dos alvos da ação foi tratado com “urbanidade”.

Outros indivíduos detidos também foram tratados com respeito pelos oficiais, tendo inclusive a oportunidade de gravar suas despedidas, segundo relatos fornecidos à equipe de reportagem.

Ação da PF contra manifestantes do 8 de janeiro

Ontem pela manhã, 49 manifestantes do 8 de janeiro foram presos pela PF, sob ordens do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que emitiu mais de 200 mandados.

Segundo um advogado, as prisões foram determinadas por Moraes para prevenir uma potencial fuga dos manifestantes.

O portal UOL reportou a presença de “foragidos” na Argentina e no Uruguai há pouco mais de duas semanas. Desde então, o juiz do STF começou a emitir mandados para prevenir mais fugas. As informações são da Revista Oeste.

Mesmo rejeitando fuga, Moraes mandou prender condenada por risco

Na operação da Polícia Federal que procura foragidos dos eventos golpistas de 8 de janeiro, mais de 40 pessoas foram presas. Entre elas, uma cabeleireira foi detida hoje (6). De acordo com sua defesa, ela recusou a proposta de romper a tornozeleira eletrônica e fugir para a Argentina em grupo.

Rogério Dirce recebeu uma sentença de 16 anos de prisão por causa dos ataques ocorridos em 8 de Janeiro, no entanto, ainda está apelando contra a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). Hoje, às 5h, a Polícia Federal visitou sua residência em Rio do Sul (SC) e a transportou para uma delegacia em Florianópolis (SC).

Helmar Amâncio, advogado de Dirce, informou ao UOL que sua cliente recusou uma proposta de fuga seguindo sua orientação. “Ela, por meio de pessoas que também participaram [dos ataques], foi convidada a fugir do Brasil de forma a não cumprir com a condenação. Só que, por minha orientação e acreditando no andamento do processo normal, eu a orientei a não sair do Brasil. Nós tínhamos ainda todos os meios para contraditar o pedido de prisão dela”, declarou Amâncio à reportagem do UOL na última quinta-feira.

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De acordo com a GlobalMilitar, existe um assunto sensível nas relações bilaterais Brasil-Uruguai que se refere a uma controvérsia territorial sobre dois locais específicos: o Povoado de Tomás Albornoz e a Ilha Brasileira. Mesmo com um relacionamento cordial entre as duas nações, essa disputa ressalta aspectos diplomáticos e históricos significantes na região sul-americana.

Território em disputa: Povoado de Tomás Albornoz

A área singular conhecida como Povoado de Tomás Albornoz está localizada na fronteira entre Brasil e Uruguai. Este pequeno território, com cerca de 100 habitantes, mantém uma convivência harmoniosa, apesar de estar no centro de uma controvérsia diplomática que data do século XIX. A região se distingue por uma vida pacífica em que os residentes compartilham atividades diárias que ultrapassam as barreiras geográficas.

A ilha brasileira e o tratado de 1851

Localizada na desembocadura do rio Quaraí, a Ilha Brasileira é considerada uma reserva biológica de relevância estratégica. O Tratado de 1851, um ponto de inflexão nas relações entre Brasil e Uruguai, definiu as fronteiras entre as nações, concedendo ao Brasil as ilhas na desembocadura do rio Quaraí, incluindo essa pequena ilha. No entanto, a contestação do Uruguai em 1930 gerou incertezas sobre a interpretação geográfica do tratado, particularmente em relação à posição precisa da ilha.

Controvérsias e diálogo diplomático

Na sua objeção, o Uruguai argumenta que a Ilha Brasileira não está localizada na junção dos rios, como especificado no tratado de 1851. Embora existam questões pendentes e um diálogo diplomático constante entre os dois países, o governo brasileiro tem mantido uma postura relativamente indiferente a respeito da questão, o que tem atraído críticas das autoridades uruguaias. Contudo, não há evidências de conflitos armados ou aumentos de tensão associados a essa disputa territorial.

Cenário atual e perspectivas futuras para o Brasil

A Ilha Brasileira se mantém desabitada desde 2011, decorrente do falecimento de seu último habitante. Desde 1974, a ilha é vista nos mapas oficiais do Uruguai como território em disputa, o que evidencia a continuidade dessa problemática ao passar dos anos. Paralelamente, a rotina pacata do Povoado de Tomás Albornoz prossegue, com serviços básicos providenciados pelo Uruguai, incluindo telefonia, internet e assistência médica.

A contenda territorial entre Brasil e Uruguai, apesar de não resultar em conflitos diretos, realça as complexidades envolvidas nas relações internacionais sul-americanas e a relevância da comunicação contínua para a solução de disputas diplomáticas. Dessa forma, a coexistência pacífica dos residentes locais serve como ilustração de como, até mesmo em situações de conflitos políticos, a harmonia e a rotina podem predominar.

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Durante uma conversa com o embaixador do Uruguai no Brasil, Guillermo Galmes, nesta quarta-feira, 8, o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) relatou que o diplomata confirmou que o governo Lula recusou a assistência oferecida pelo país ao Rio Grande do Sul.

O presidente Lacalle Pou disponibilizou dois barcos, sistemas de drones, aeronaves e especialistas. O avião teria a função de transportar os barcos para as áreas impactadas e ainda poderia ser empregado no transporte de contribuições humanitárias que estão sendo arrecadadas no Uruguai.

“Felizmente, quando pedimos se era possível uma reconsideração, o embaixador do Uruguai nos informou que a oferta continua de pé”, escreveu o parlamentar, nas redes sociais. “Assim, já solicitamos ao governo federal que reconsidere a negativa e, agora, aceite a oferta humanitária dos nossos vizinhos.”

Embaixador Uruguaio Reafirma Oferta ao Governo Lula

Durante sessão na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, Valles disse que, “desde o primeiro momento, não apenas o governo, mas todo o povo uruguaio se mobilizou para ajudar os nossos irmãos gaúchos”.

Valles observou ainda que “os equipamentos estão prontos e serão enviados caso o governo brasileiro assim o deseje”. As informações são da Revista Oeste.

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Em meio a enchentes e aumento do número de fatalidades devido às chuvas, prevê-se que o Rio Grande do Sul terá mais tempestades na fronteira com o Uruguai já nesta terça-feira (7). O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) lançou um alerta de “grande perigo” válido até o meio-dia desta terça. O balanço mais recente indica 90 mortes e 155 mil indivíduos deslocados de suas residências.

Espera-se que o extremo sul do estado experimente temporais de mais de 100 mm por dia, ventos superiores a 100 km/h e granizo. O instituto alerta sobre o “grande risco de danos” em prédios, além do “corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores, alagamentos e transtornos no transporte rodoviário”.

Os municípios de Arroio Grande, Chuí, Herval, Jaguarão, Pedras Altas, Rio Grande e Santa Vitória do Palmar encontram-se nessa área. A previsão é que as tempestades nessas cidades continuem até quarta-feira (8).

A probabilidade de continuação das inundações é “muito alta” na região metropolitana e em Porto Alegre, conforme o Cemadem (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). A mesma situação se aplica para as regiões Sudeste e Sudoeste do estado, “apesar da previsão de ausência de chuva significativa ao longo do dia”.

Sul do Rio Grande do Sul

O instituto também alertou que tempestades com ventos acima de 70 km/h podem atingir as áreas próximas à região de Pelotas, Rio Grande, se estendendo até a Campanha e o oeste do estado, abrangendo a área de Alegrete e São Borja. A possibilidade de queda de granizo nestes municípios não foi descartada.

Os especialistas em meteorologia esclareceram que há um movimento de um sistema de pressão atmosférica baixa, originado no norte da Argentina e se direcionando ao sul do Uruguai, além da formação de um ciclone extratropical que se encaminha para o oceano. Entretanto, esse deslocamento resulta em uma frente fria para todo o território do Rio Grande do Sul, acompanhada de instabilidade, rajadas de vento que ultrapassam 80 km/h e mais precipitações pluviais.

A previsão é de que o tempo se torne mais estável, seco e frio no sul e oeste do Rio Grande do Sul a partir do final da quarta-feira (8), devido à chegada de um sistema de alta pressão atmosférica. Em outras partes do estado, a instabilidade deve terminar no final do dia.

Final da semana

A expectativa para a quinta-feira (9) é de clima frio e seco na maior parte do estado, contudo, ainda há possibilidade de chuva no norte. As temperaturas mais baixas devem variar entre 4°C e 8°C nas regiões mais frias do sudoeste, Planalto e Serra. Em Porto Alegre, a capital, as temperaturas mais baixas devem rondar os 12°C (figura 3a, 3b e 3c).

Na sexta-feira (10), o clima volta a ficar instável devido às “áreas de instabilidade”. Durante o fim de semana, a criação de uma “frente fria”, combinado com a entrada intensiva de uma massa de ar frio de origem polar, provoca a chuva.

O tempo no estado durante o final de semana provavelmente será úmido e mais frio. O Inmet antecipa chuva mais forte no norte e leste do estado. Enquanto isso, no sul e oeste, o clima deve se tornar mais seco a partir de segunda-feira (13).

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Neste sábado, 4, o governo de Javier Milei, da Argentina (foto), expressou solidariedade ao Brasil por meio de um comunicado. Além disso, ofereceu assistência devido às enchentes que estão afetando o Rio Grande do Sul.

“A República da Argentina expressa sua solidariedade ao governo e ao povo da República Federativa do Brasil e as mais sentidas condolências aos familiares das vítimas. […] O governo da Argentina põe à disposição das autoridades brasileiras toda a ajuda imediata e os elementos que se mostrem necessários para assistir os prejudicados”, diz nota da chancelaria argentina.

Também houve expressão de solidariedade do Ministério das Relações Exteriores do Uruguai, que anunciou o envio de um helicóptero para auxiliar no resgate.

“O governo uruguaio, através do Ministério da Defesa Nacional, enviará um helicóptero da Força Aérea Uruguaia e sua tripulação ao Brasil para colaorar com as tarefas de resgate no Rio Grande do Sul”, diz nota da pasta uruguaia.

FAB pede ajuda

Na noite de sexta-feira, 3, a Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou que está aceitando doações para a população do Rio Grande do Sul. Eles solicitam “roupas, colchonetes, água potável e alimentos não-perecíveis”.

Você pode fazer doações nas bases aéreas de Brasília (DF), São Paulo (SP) e no aeroporto do Galeão (RJ).

Tragédia no Rio Grande do Sul

Neste sábado, 4, o número de fatalidades em decorrência das chuvas que assolam o Rio Grande do Sul aumentou para 57.

De acordo com um boletim publicado anteriormente pela Defesa Civil, ainda existem 67 pessoas desaparecidas e 74 feridos.

Mais de 42 mil pessoas estão desabrigadas, com 9.581 pessoas em abrigos e 32.640 deslocadas. Em suma, 300 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema.

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As noitadas de Jair Bolsonaro na embaixada húngara em fevereiro remetem ao suposto plano de fuga de Lula (PT), divulgado pela revista Veja em março de 2016. Na época, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula estava relutante em se entregar à Justiça e chegou a buscar refúgio em um sindicato no ABC. O próprio Lula detalhou a situação em um vídeo que foi publicado pelo seu fotógrafo pessoal nas redes sociais. No vídeo, o ex-presidente condenado por corrupção admitiu que teve a oportunidade de deixar o Brasil.

Assim como Bolsonaro, em 2018 Lula teve seu passaporte confiscado, o que o fez ter que cancelar uma viagem à África. A Justiça estava preocupada com a possibilidade dele fugir.

“Eu poderia ter fugido”, disse ele. “Estive na divisa do Paraguai com o Brasil, estive em Foz do Iguaçu, vizinho do Uruguai (sic) e da Argentina”.

O petista, que após ser “descondenado”, retomou sua posição, confessou em um discurso para sindicalistas: “Eu poderia ter saído, poderia ter ido para uma embaixada”.

Opção pela Itália

Logo descartaram Cuba e Venezuela. Lula tinha preferência pela Itália, já que a então primeira-dama Marisa Letícia e seus filhos possuíam cidadania. As informações são do Diário do Poder.

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O Brasil se absteve de assinar a declaração conjunta de nações latino-americanas que manifestaram preocupação com a progressão das medidas autocráticas do regime de Nicolás Maduro na Venezuela e a detenção da defensora dos direitos humanos Rocío San Miguel. A declaração, divulgada na quinta-feira 15, emanada da Argentina, Equador, Paraguai, Uruguai e Costa Rica, expressa uma “profunda preocupação” com a situação e pede a imediata libertação da prisioneira política.

A postagem do comunicado conjunto foi realizada nas redes sociais pelos Ministérios das Relações Exteriores dos países signatários.

Além de solicitar a libertação imediata da ativista, Argentina, Equador, Paraguai, Uruguai e Costa Rica também expressaram repúdio “as recentes medidas contra o Comitê de Assessoria Técnica do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos na Venezuela e exigem o pleno respeito pelos direitos humanos, a validade do Estado de Direito e a convocação de eleições transparentes, livres, democráticas e competitivas, sem banimentos de qualquer tipo”.

Em uma entrevista, Celso Amorim, conselheiro especial do presidente Lula, expressou preocupação com qualquer caso de “natureza política preocupa”, referindo-se à prisão de Rocío. No entanto, oficialmente, o governo brasileiro, que é aliado de Maduro, optou por não assinar a declaração dos países latino-americanos.

Na semana passada, funcionários do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) foram expulsos do país pela ditadura de Maduro. O prazo de três dias foi dado pelo governo venezuelano para a equipe da ONU deixar o país, e uma revisão do termo de cooperação com a organização foi anunciada.

Eleições limpas e transparentes

A ditadura da Venezuela se intensificou após o governo firmar um acordo com os Estados Unidos para realizar eleições “limpas e transparentes”. Como resposta, o governo americano levantou sanções e autorizou a retomada de parcerias no setor de petróleo.

Maduro defendeu a expulsão alegando que a entidade da ONU teve um papel “inapropriado” no país e respaldou a impunidade das pessoas envolvidas em tentativas de homicídio, golpes e outras conspirações.

O Comitê de Direitos Humanos expressou que irá “avaliar os próximos passos” e expressou pesar pelo anúncio da Venezuela. “Nosso princípio tem sido e continua sendo a promoção e a proteção dos direitos humanos do povo da Venezuela.”

Ativista presa pela ditadura de Maduro

A advogada Rocío San Miguel, de 57 anos, é a principal especialista venezuelana em “temas militares”. Atualmente, como diretora da ONG “Controle Cidadão”, ela é considerada a mais importante prisioneira política do governo de Nicolás Maduro. Sua prisão seria uma mensagem do ditador para outras ONGs e líderes da sociedade civil.

Rocío foi presa pelo Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) na sexta-feira 9, no Aeroporto Internacional de Maiquetía. No dia seguinte, sua filha de 24 anos foi detida ao voltar ao aeroporto para recolher as bagagens de ambas. Contudo, a jovem foi libertada no domingo 11. As informações são da Revista Oeste.

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Luciane Barbosa Farias, apelidada de “Dama do Tráfico”, foi convidada duas vezes neste ano pela ex-deputada estadual e advogada Janira Rocha para visitar o Ministério da Justiça. Luciane é casada com Clemilson dos Santos Farias, também conhecido como “Tio Patinhas”, líder do Comando Vermelho. Essa informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo na segunda-feira, dia 13.

De 2011 a 2015, Janira ocupou o cargo de deputada na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) pelo Psol. Ela é advogada e tem uma aliança com Cabo Daciolo. Janira foi a única pessoa a votar contra a expulsão de Daciolo do partido quando ele era deputado federal em 2015.

Em 2012, os dois estabeleceram uma amizade, após o Daciolo liderar movimentos grevistas dos bombeiros no Rio de Janeiro. Durante esse período, o Daciolo foi preso e conversas entre os dois foram interceptadas legalmente, abordando o assunto das greves. Essa situação chegou a representar uma ameaça ao mandato de Janira.

Durante o seu segundo mandato, Janira foi acusada de participar de um esquema de corrupção em seu escritório político. Houve uma tentativa de cassação de seu mandato, porém o processo foi arquivado. No ano de 2021, a advogada foi considerada culpada pelo crime, mas posteriormente a sentença foi anulada.

Durante o seu mandato como deputada em 2014, Janira foi acusada de fornecer transporte em um veículo oficial a três pessoas que haviam sido negadas asilo pelo Consulado do Uruguai devido a suas ações violentas. Como resultado, Janira esteve perto de enfrentar acusações criminais por supostamente favorecê-los.

Ao G1, na ocasião, Janira disse que avisou o cônsul sobre a localização do trio. “Sou deputada, não tenho que prender ninguém”, destacou. “Quem tinha que prender é quem tinha que estar lá.”

Fora do âmbito político, a advogada atuou como defensora da ex-deputada federal Flordelis, que recebeu uma sentença de 50 anos de prisão pelo assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, ocorrido em 2019 em Niterói, no Rio de Janeiro.

Janira, uma mulher de 61 anos, possui uma formação acadêmica em história e direito. Em suas contas nas redes sociais, ela expressa seu apoio ao presidente Lula, além de se identificar como feminista e defensora dos direitos fundamentais e humanos. As informações são da Revista Oeste.

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Os serviços de inteligência dos EUA alertaram países de todo o mundo sobre operações do Kremlin para minar a legitimidade de pelo menos 11 eleições em nove países democráticos entre 2020 e 2022.

Além disso, os serviços de inteligência russos atacaram a validade de eleições em outros 17 países através de campanhas nas redes sociais, amplificando “narrativas domésticas”.

Washington considera que estes casos constituem apenas uma pequena parte das atividades de desestabilização russas.

Os avisos estão incluídos num telegrama diplomático enviado pelo Departamento de Estado dos EUA a vários países em todo o mundo.

No telegrama, as autoridades dos EUA relatam esforços crescentes dos serviços de inteligência russos para “minar globalmente os processos democráticos” e influenciar os resultados eleitorais através de campanhas de desinformação.

“Os Estados Unidos identificaram, e isto é uma preocupação crescente, os esforços da Rússia para minar os processos democráticos: a Rússia está a conduzir operações para degradar a confiança do público na integridade das próprias eleições”, explica o telegrama.

Entre os destinatários do telegrama diplomático estão Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, México ou Uruguai na América, e Espanha, Itália, França e Reino Unido na Europa.

Altos funcionários do Departamento de Estado e dos serviços de inteligência dos EUA, que pediram para não serem identificados, apontaram dois casos específicos na América do Sul e na Europa, em que os serviços de inteligência russos ativaram campanhas de desinformação eleitoral.

“Num caso na América do Sul, canais russos do Telegram incluíram notícias falsas sobre alegadas fraudes e trolls russos nas plataformas de redes sociais amplificaram as preocupações sobre a instabilidade e a violência pós-eleitorais”, explicaram autoridades norte-americanas.

Embora as fontes se tenham recusado a identificar o país sul-americano afetado, salientaram que os EUA detectaram “páginas web ligadas à inteligência russa nos protestos contra o resultado eleitoral”.

No caso de outro país, neste caso na Europa, os serviços de inteligência dos EUA detectaram sites ligados à Rússia que distribuíam artigos em inglês com acusações de fraude eleitoral.

Também nas eleições europeias de 2020, o Serviço Federal de Segurança Russo, herdeiro do KGB soviético, utilizou intermediários “para mobilizar agitadores e intimidar os trabalhadores eleitorais, organizar protestos no dia da votação e sabotar a votação no estrangeiro”.

O Kremlin considera estas operações “eficazes” e de baixo custo, segundo as mesmas fontes, que acrescentaram que estão a partilhar informações com governos de todo o mundo “para ter uma melhor ideia das tácticas e técnicas russas”.

“A interferência eleitoral é uma operação fácil e de baixo custo. Em muitos casos, estão a amplificar narrativas locais que põem em causa a integridade das eleições”, como as respostas à COVID-19, observaram autoridades dos EUA.

“A nossa perspectiva é que a Rússia esteja a capitalizar o que considera um sucesso relativamente barato nas eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos para aplicá-lo de forma mais global”, concluíram.

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Durante o período de seis meses, o presidente Lula e sua equipe gastaram cerca de R$ 17,17 milhões (ou US$ 3,6 milhões) em viagens para nove nações diferentes, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores, em resposta a uma solicitação de informações do deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES).

A visita à China, que ocorreu entre 12 e 15 de abril, foi a viagem mais dispendiosa. O presidente Xi Jinping convidou o presidente brasileiro para esta visita, que custou aproximadamente R$ 4,2 milhões aos cofres públicos do Brasil. A maior parte deste valor foi destinada ao alojamento da delegação, totalizando quase R$ 1,8 milhão. Além disso, foram realizadas outras despesas, como contratação de intérpretes, aluguel de veículos e salas de apoio, e organização de coquetéis.

Após retornar da China, as viagens mais dispendiosas foram para o Reino Unido, onde ocorreu a coroação do Rei Charles III, e para Portugal, onde ocorreu a XIII Cimeira Brasil-Portugal. Essas viagens tiveram um custo de R$ 2,6 milhões e R$ 2,5 milhões, respectivamente.

As despesas para visitar os Estados Unidos, Japão e Espanha foram aproximadamente de R$ 1,6 milhão cada. No entanto, ao ser convidada pelo xeque Mohammed bin Zayed AI Nahyan, a comitiva brasileira teve uma despesa um pouco acima de R$ 1 milhão para visitar os Emirados Árabes.

Por fim, o valor total das viagens combinadas para Argentina e Uruguai em janeiro foi de cerca de R$ 1,8 milhão.

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