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Banco Central não tem nada a ver com juro longo; é a credibilidade do governo, diz Campos Neto

Política Monetária Credível Reduz Taxa de Longo Prazo, Afirma Presidente do BC

Roberto Campos Neto, presidente do (BC), afirmou neste sábado, 8, que o aumento dos juros de longo prazo, que ele diz estar ligado à credibilidade do governo, não pode ser atribuído à autoridade monetária.

Ao escutar as queixas do empresário Rubens Menin a respeito das altas taxas de juros do país, durante o fórum da Esfera em Guarujá, Campos Neto solicitou que não se confunda causa e efeito. Nesta direção, ele apontou, os juros dos títulos de longo prazo emitidos pelo Tesouro, que funcionam como referência para as demais taxas do mercado, são elevados porque o mercado não está disposto a financiar o governo.

Campos Neto declarou que “não tem nada a ver com o Banco Central, que determina a taxa de um dia”, em referência à Selic. Ele prosseguiu afirmando que, sem credibilidade na política econômica, o juro real de longo prazo aumenta. O presidente do BC também notou que os juros no Brasil são altos devido à alta taxa estrutural do país.

Neto Campos enfatizou que quando há confiança do mercado nas políticas econômicas, especialmente na área fiscal, a política monetária provoca a queda da taxa de longo prazo. Ele lembrou que as taxas de longo prazo diminuíram durante a implementação da regra do teto de gastos e com a introdução do quadro fiscal. “Juro não é causa, é consequência.”

No fórum, Campos Neto enfatizou que o trabalho da autoridade monetária é técnico e “sempre” visa cumprir a missão principal: perseguir a convergência da inflação em direção à meta, junto com a estabilidade do sistema financeiro.

Campos Neto enfatizou que a referida missão vem sendo realizada de maneira a minimizar os custos para a sociedade. Ele também destacou, diante da discrepância entre as expectativas do mercado e a meta central, que a principal preocupação do BC não é a inflação atual, que demonstra convergência, mas a estabilidade dos preços a longo prazo.


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