Agência se posiciona terminantemente contra a ‘pressão’ de divulgar os nomes
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro e sua proposta de dar publicidade aos nomes dos técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que aprovaram a vacinação contra a Covid-19 de crianças de 5 a 11 anos.
– O serviço público é caracterizado pela publicidade dos seus atos. Então, todos os técnicos que se manifestem em processos administrativos têm que ser publicitados por seus atos, a não ser aqueles atos que são mais restritos. Mas não há problema em ter publicidade dos atos da administração. Acredito que seja até um requisito da Constituição – afirmou o ministro a jornalistas na saída do prédio da pasta.
Na última quinta-feira (16), Bolsonaro disse em transmissão ao vivo nas redes sociais que pediu as identidades dos servidores da Anvisa que aprovaram a vacina pediátrica da Pfizer para crianças de cinco a 11 anos, com a intenção de divulgá-las.
A agência chamou a declaração de ameaça e, desde então, técnicos do órgão têm relatado novas intimidações .
Ainda que tenha chamado as ameaças aos servidores de “ações de criminosos”, Queiroga saiu em defesa de Bolsonaro nesta segunda-feira.
– O presidente é uma das pessoas que luta mais contra a criminalidade, aliás, as taxas de criminalidade do seu governo têm caído. É tudo narrativa. O presidente Bolsonaro é um grande líder, tem nos apoiado fortemente – afirmou.
O ministro da Saúde também declarou que a Polícia Federal (PF) é a responsável por investigar as ameaças, e não a sua pasta. Ele disse também ser igualmente alvo de intimidações.
– Eu mesmo sofro ameaças também e a gente está aqui trabalhando firme para resolver o problema da pandemia – declarou.