Comissão Europeia informou que “termos do contrato não foram respeitados” e a empresa “não está em condições de entregar as doses compradas
A União Europeia processou o laboratório sueco-britânico AstraZeneca por violação dos compromissos de entrega de vacinas contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
Nesta segunda-feira (26/4), a Comissão Europeia informou que “termos do contrato não foram respeitados” e a empresa “não está em condições de aplicar uma estratégia confiável para garantir as entregas no prazo fixado”.
Após a divulgação da informação, o grupo farmacêutico reagiu, considerando que a ação judicial é “infundada” e garantindo que se defenderia “com firmeza”.
A AstraZeneca assegurou que “respeitou totalmente” o contrato com Bruxelas e disse que espera ter “a oportunidade de resolver esta disputa o mais rápido possível”, destacou em comunicado.
A ação judicial foi lançada na sexta-feira (23/4) em nome dos 27 estados-membros da União Europeia, que concordam de forma unânime com a decisão.
A AstraZeneca entregou no primeiro trimestre 30 milhões das 120 milhões de doses acordadas com a União Europeia. No segundo trimestre, são esperadas 70 milhões das 180 milhões doses inicialmente planejadas.
“O que é importante para nós neste caso é garantir a entrega rápida de um número suficiente de doses a que os cidadãos europeus têm direito e que nos foram prometidas com base no contrato”, afirmou o porta-voz da Comissão Europeia, Stefan De Keersmaecker.
A maioria dos países da União Europeia limitou o uso da vacina AstraZeneca devido aos casos de coágulos sanguíneos que o imunizante pode causar. A Dinamarca não a usa mais.
Fonte: Agências internacionais