A casa 100 habitantes 31 já receberam pelo menos uma dose do antídoto contra COVID-19.
O Uruguai é um caso único a analisar porque é o país da região que mais vacina contra o coronavírus, mas também o que tem mais mortes por 100 habitantes.
De acordo com o monitor de vacinação do país, por volta das 15h30 GMT de terça-feira, 31,26 habitantes em 100 já receberam pelo menos uma vez um antídoto contra COVID-19, a maioria dessas pessoas com a primeira dose do China CoronaVac ou da americana Pfizer e em grupo consideravelmente menor.
O país sul-americano já inoculou 1.095.979 pessoas, das quais 208.096 já receberam as duas injeções.
Doses administradas por 100 habitantes, de acordo com Our World in Data
Até o momento, um dos departamentos que mais avançou nesse aspecto é Rivera, no norte. Lá, 41,46% dos habitantes recebem a primeira dose e 9,05% a segunda.
Esta é, sem dúvida, uma das melhores notícias para o país, já que Rivera foi um dos locais mais atingidos pela pandemia COVID-19.
Faz fronteira com o Brasil e tem vida binacional entre sua capital e Santana do Livramento, esse departamento acumula 8.439 casos de coronavírus (1.545 destes com infecção em curso).
De fato, há poucos dias, o deputado Marne Osorio garantiu que já havia realizado uma reunião com autoridades para sugerir que o Uruguai poderia oferecer vacinas ao Brasil para “blindar” aquela parte da fronteira.
Mortes por milhão de pessoas, de acordo com Our World in Data
O país sul-americano com mais mortes por milhão de habitantes é o Uruguai
O Uruguai passou a ser o país americano com mais mortes por COVID-19 por milhão de habitantes , devido ao aumento progressivo das mortes, com 71 registradas nesta segunda-feira e 1.533 no acumulado desde a declaração de emergência sanitária em 13 de março de 2020.
Segundo dados do site Our World in Data, da Universidade de Oxford, o registro de 20,44 mortes por milhão de habitantes no Uruguai coloca o país sul-americano em quinto lugar no mundo, atrás dos europeus Bósnia-Herzegovina (57,61), Hungria ( 30,12), San Marino (29,46) e Bulgária (28,93).
Os números registrados no Uruguai nos últimos dias levaram a superar países da região, como Peru (9,92), Paraguai (8,69), Chile (7,17) ou Brasil (6,96) , e partem muito para os Estados Unidos, com 1,41 por milhões de habitantes.
O Uruguai acumula 560 mortes nos primeiros 12 dias de abril, mais que o triplo das registradas até 31 de dezembro de 2020 , quando o país sul-americano acumulava 181.
O pior dia foi justamente nesta segunda-feira, quando o Sistema Nacional de Emergências (Sinae) informou que 71 pessoas morreram durante o dia. Anteriormente, na sexta-feira, dia 9, havia notificados 88, correspondendo ao acumulado diário de 52 e a 36 casos não registrados anteriormente.
O Governo de Luis Lacalle Pou continua a apelar à “liberdade responsável” e não decretou o confinamento obrigatório. Atualmente, estão suspensas as presenças nas aulas, competições desportivas amadoras e representações de espetáculos públicos; Há fechamentos de clubes e academias, de free-shops (lojas francas) na fronteira com o Brasil e de cassinos sob a órbita do Estado.
Além disso, o horário dos bares e restaurantes é restrito até a meia-noite e a entrada no país só é permitida, além de uruguaios e residentes, a estrangeiros que comprovem alguma exceção por motivos diplomáticos, econômico-trabalhistas ou pessoais e sob expressa autorização do Executivo.
O Uruguai acumula 147.173 casos totais (dos quais 32.515 ativos), 494 pessoas são admitidas em terapia intensiva (embora SUMI, a Sociedade Uruguaia de Medicina Intensiva, aumente esse número para 504) e o país está na cor vermelha, dentro do índice de Harvard, com 96,95 casos por 100.000 habitantes.
Fonte: Infobae