Monitoramento analisou hashtags e as 589,6 mil menções ao tema no Twitter
A maior parte dos usuários nas redes sociais que se pronunciou sobre o bloqueio ao aplicativo Telegram no Brasil demonstrou reações de descontentamento. O levantamento foi feito pela rede de Monitoramento da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da FGV (Dapp/FGV).
Segundo a organização, foram registradas 589,6 mil menções ao assunto no Twitter entre os dias 18 e 20 de março. Para melhor análise dos posicionamentos, elas foram separadas em cinco categorias: azul, laranja, rosa, verde e azul-claro.
Composto por mais de 67% dos usuários, o grupo azul enxergou na medida decretada pelo ministro Alexandre de Moraes – e revogada por ele posteriormente – uma forma de censura e um ataque à liberdade de expressão. Nas críticas, era comum encontrar comparações do Brasil a países considerados não democráticos, como Cuba, China e Coreia do Norte.
Já no grupo laranja, que somou 17,64% dos perfis, estão os usuários que viram razoabilidade no bloqueio, em razão do descumprimento de ordens judiciais por parte da plataforma. Nessa esfera de tuítes, era defendido que o aplicativo estava sendo usado para a disseminação de fake news e prática de crimes.
A categoria rosa, com 10,55% de usuários, concentrou-se em lamentar os transtornos que o bloqueio à ferramenta poderia trazer. Foram mencionados inconvenientes, especialmente relacionados ao acesso a conteúdos culturais como livros, filmes e séries.
No grupo verde estão 9,73% dos usuários, compostos por conservadores que viram na decisão de Moraes uma intenção deliberada de prejudicar o presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores durante o ano eleitoral. Nessa parcela de tuítes, também havia comparações do Brasil a países tidos como antidemocráticos, como Azerbaijão, Paquistão e Rússia, que já baniram o aplicativo.
Por fim, a categoria azul-claro diz respeito aos 3,75% dos perfis que se basearam em publicações virais do deputado federal Marcel Van Hatten (Novo). Nesse caso, os usuários apontavam caráter ditatorial na decisão e compartilhavam vídeos com denúncias contra ela.
Ainda de acordo com a FGV, das 5 hashtags mais mencionadas na rede social, quatro eram contra o magistrado ou o Supremo Tribunal Federal (STF). São elas: #impeachmentalexandredemoraes, com 12,9 mil tuítes; #stfvergonhanacional, com 33,5 mil menções; e #moraestirano, com 4,9 mil posts.
Voltamos ao tempo da ditadura militar. Naquela época, o órgão censor mantinha um censor nas redações.
Agora, o merda do fachin quer determinar a “adesão” ao controle… Hilário e trágico!
Quem fazia propaganda p Dilma, não tem estofo moral p Suprema Corte. Falta-lhe a tal reputação ilibada.