Presidente voltou a defender o voto impresso e auditável
Nesta segunda-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro disse a apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada, que todos querem “eleições limpas e transparentes”. O tom adotado pelo chefe do Executivo é mais ameno do que o visto na última semana, quando chegou a colocar em dúvida a realização das eleições do ano que vem. Ainda assim, Bolsonaro alertou para o risco de fraude se não houver a adoção do voto impresso e auditável.
– Nós todos queremos eleições limpas e transparentes. Se não for assim, não é eleição; isso é fraude. Agora, vamos fazer de tudo para que nós tenhamos eleições limpas e transparentes, para o bem do Brasil, porque, se não for assim, é sinal de que já está escolhido quem vai nos comandar. E as pessoas que chegam na fraude não têm compromisso com vocês, ok? Não sou Jairzinho paz e amor – afirmou.
As declarações de Bolsonaro surgem após o presidente elevar o tom sobre possíveis fraudes eleitorais no próximo ano. O chefe do Executivo disparou críticas diretas ao ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Barroso já se declarou contra a adoção do voto impresso e auditável, método que considera ser um “retrocesso”.
Para Bolsonaro, o ministro tem “interesse pessoal” na manutenção da atual urna eletrônica. No sábado (10), durante “motociata” em Porto Alegre, o presidente afirmou que Barroso quer a “volta da roubalheira”, fazendo referência ao possível retorno de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência.
– O que o Barroso quer é a volta da roubalheira, a volta da fraude eleitoral – disparou.