A ação na comunidade de Jacarezinho, no Rio de Janeiro, vem sendo criticada pela violência policial
Se, de um lado, a operação Polícia Civil que deixou ao menos 28 mortos na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio, vem sendo criticada pela violência policial e pelo saldo de vidas, de outro, recebeu guarida da classe. A Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol) divulgou uma nota prestando “pleno e irrestrito apoio” à incursão.
“Informamos que a Adepol do Brasil não aceitará qualquer pré condenação à legítima e necessária ação empreendida pela gloriosa Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, sendo repugnante presenciar alarmas descontextualizados e pré-julgamentos com viés estigmatizante diante do resultado da operação policial em comento”, diz um trecho da nota.
No texto, a associação afirma que eventuais excessos no uso da força letal policial devem ser apurados “sem vieses ideológicos ou sensacionalistas”. Nas redes sociais, moradores relataram abusos dos agentes.
“O uso progressivo da força se coaduna totalmente com o emprego de força letal nos casos de atentados à vida de Policiais e de cidadãos, notadamente quando há utilização desenfreada de equipamentos de guerra por narcoterroristas que adotam táticas de guerra irregular”, afirma o texto.
A entidade ainda lamentou a morte do inspetor de Polícia Civil André Frias e prestou solidariedade aos familiares do agente.
Fonte: Istoé