Médica acionou o STF contra Omar Aziz, Randolfe Rodrigues e Renan Calheiros
A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) mais uma vez contra a cúpula da CPI da Covid, imputando suposta violação de sigilo funcional ao presidente do colegiado, Omar Aziz, ao vice, Randolfe Rodrigues, e ao relator, Renan Calheiros.
A aliada do presidente Jair Bolsonaro ainda acusa os parlamentares de violência psicológica contra a mulher, dizendo que foi vítima de “discriminação” e “perseguição” por ela defender o “tratamento precoce”, com o uso de medicamentos sem comprovação científica contra a covid-19.
A petição foi apresentada ao STF na última sexta-feira (7). A vice-presidente da corte, Rosa Weber, que analisa casos urgentes durante o plantão judiciário, determinou que os autos sejam encaminhados, após o fim do recesso, ao gabinete da ministra Cármen Lúcia, a relatora do processo.
Ao atribuir suposta violação de sigilo funcional aos senadores que integravam a cúpula da CPI, Pinheiro cita a divulgação de um conteúdo de seu e-mail em que sugeria a autoridades de Portugal a adoção do chamado “tratamento precoce’.
Na petição ao Supremo, os advogados de Pinheiro buscam ainda rebater as imputações feitas à médica no relatório final da CPI da Covid.
Mayra Pinheiro foi acusada pelos senadores dos crimes de epidemia, prevaricação e crime contra a humanidade. A aliada de Bolsonaro nega as acusações e diz que as imputações tiveram como objetivo “desacreditá-la como médica perante a sociedade brasileira”.
COM A PALAVRA, O SENADOR RANDOLFE RODRIGUES
– É um típico caso em que a ré quer se colocar na condição de vítima. Ré é ré. Vitimas são os 20 milhões de brasileiros que foram utilizados como cobaia por ela e seus asseclas no Ministério da Saúde. Outra coisa é que pelo menos também para isso a CPI serviu: para membros de um governo machista lembrarem que existe direitos das mulheres. Eu saúdo a conversão dela para esse lado – disse Randolfe.