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Chance de apoiar Marcos Pereira à presidência da Câmara é ‘sepultada’ por Bolsonaro

Bolsonaro descarta apoio a Marcos Pereira na corrida pela presidência da Câmara

O ex-presidente (PL) informou a seus aliados que não existe a possibilidade de endossar a candidatura do deputado Marcos Pereira (SP), líder do Republicanos, na disputa pelo comando da Câmara. De acordo com o Estadão, fontes próximas ao antigo líder afirmam que o pré-candidato à presidência da Casa eliminou qualquer perspectiva de parceria com o bolsonarismo ao demonstrar apoio, em um evento do Lide em Nova York, ao “projeto de regulamentação das redes sociais”, uma iniciativa rejeitada pela direita.

Os parlamentares do PL já expressaram publicamente sua descontentamento com Marcos Pereira, mas estavam esperando a posição de sobre como essa situação afetaria a sucessão de (PP-AL). A eleição interna da Câmara está programada para fevereiro de 2025. O parlamentar minimizou a crise com o bolsonarismo ao se comunicar com colegas próximos.

A decisão de se separar de Pereira enfatiza o objetivo do PL de apresentar um candidato próprio. Altineu Côrtes (RJ), líder do partido na Casa, é o candidato mais provável, mas a legenda também está em conversações para apoiar outro candidato em uma possível segunda rodada.

Depois do impacto de sua afirmação em Nova York, um vídeo foi divulgado por Marcos Pereira para elucidar seu ponto de vista. Ele destacou que não endossaria a supressão da voz dos brasileiros, contudo, advogou pela reflexão sobre como enfrentar as fake news.

Bolsonaro já havia rejeitado Marcos Pereira em fevereiro deste ano devido a outras discordâncias. O antigo presidente expressou sua insatisfação com o deputado, acusando-o de não ter contribuído para o seu governo e de alinhar o partido Republicanos ao governo de Lula, posteriormente. O partido conseguiu o ministério de Portos e Aeroportos no último ano graças à indicação de Silvio Costa Filho. Ademais, a inserção de críticas a em uma “moção de repúdio ao Hamas”, que foi aprovada pela Câmara sob a presidência de Pereira, também causou tensões na relação entre Bolsonaro e o deputado.

Uma nova tentativa de reaproximação ocorreu em março deste ano, contudo, agora os apoiadores do ex-presidente não enxergam possibilidades para uma outra reconciliação, principalmente depois do anúncio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de que ele deixará o Republicanos para se juntar ao PL, como foi reportado pelo Estadão. Tarcísio era considerado uma ligação entre os dois partidos.


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