O Ministro Da Previdência Social, Carlos Lupi O Ministro Da Previdência Social, Carlos Lupi

Ministro de Lula diz que não recebe parlamentares da “turma do Bolsonaro”

Ministro da Previdência Social admite não atender parlamentares da ‘turma do Bolsonaro’

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, declarou que faz esforços para acatar a instrução do presidente Luiz Inácio da Silva (PT) de atender tanto aos legisladores da base aliada quanto aos da oposição. Contudo, admitiu que não recebe aqueles da “turma do ”.

Lupi admite que a articulação com o Congresso por parte de todos os ministros do governo é essencial para avançar as pautas prioritárias – de economia e social, ele ressalta – no Legislativo. Contudo, ele acredita que essa articulação tem um limite.

Eu não recebo a “Turma do Bolsonaro eu não recebo, nem família, mas do PL, fui lá com a (DF), pergunta como é que ela me tratou. Veio aqui duas vezes”, Lupi disparou em uma entrevista para a Folha de São Paulo, que foi publicada nesta sexta-feira (14).

Embora haja restrições aos aliados mais íntimos do ex-presidente (PL), Lupi admite que o “Parlamento é uma representação do povo”, e não uma classificação do que ele gosta. “Se elegeu o que eu não gosto, paciência, o que eu posso fazer? Nós temos que ter mais humildade em saber fazer essa relação”, disse.

Carlos Lupi enfatizou que as questões econômicas e sociais são as prioridades do governo, e salientou que os costumes são muito uma questão de “visão pessoal”, muito “individual”. Essa declaração surge no contexto do debate sobre a equiparação do aborto ao crime de homicídio após 22 semanas, que está criando controvérsia.

“Acho isso tão sem importância para a realidade do Brasil que a gente está vivendo. Cada um deve decidir o seu destino, conforme sua visão. Agora, eu não posso te obrigar a acreditar na minha filosofia. E também você não pode me obrigar a acreditar na tua”, pontuou sobre a discussão.

Falta de base no Congresso

Tal como o presidente Lula, o ministro Carlos Lupi admite que o governo não possui apoio suficiente no Congresso para aprovar todas as propostas que deseja e que apenas as agendas macroeconômicas obtêm aprovação. E mesmo assim, necessitam de muita negociação – através de emendas parlamentares.

Lupi questionou o valor de R$ 51,6 bilhões que está sendo alocado este ano, que é “maior que qualquer orçamento livre de qualquer ministério”. Segundo ele, o uso desses recursos resultou na implementação de um sistema parlamentar no Brasil, apesar de o sistema de governo ser o presidencialismo.

“Eu sou contra? Não é ser contra, mas eu acho que tudo tem que ter limite. Se eu elejo um Executivo, a palavra já diz, é para executar uma política pública. Acho legítimo que o parlamentar tenha sua emenda para levar benefícios para a sua cidade. Mas não pode esse volume, está exagerado”, pontuou.

Governo não consegue segurar

Ele acredita que, neste momento, é “muito difícil” alterar essa dinâmica, “é o desafio que o governo está enfrentando”. “Quando tenta segurar, eles votam contra. Então, não é falta de uma articulação política. É que se criou e se alimentou um processo do presidencialismo e ter o parlamentarismo”, c afirmou.

Carlos Lupi também percebe uma forte pressão do presidente da Câmara dos Deputados, (PP-AL), sobre Lula para escolher seu sucessor na casa legislativa. Ele reiterou que é “radicalmente contra” a concessão de anistia aos participantes dos eventos de 8 de janeiro de 2023, e considera a delação premiada – que está sendo debatida no Legislativo – como um “ato de covardia”, onde apenas “os covardes delatam”.

“Eu me incomodo muito com delação, qualquer que seja, de quem quer que seja. Não é um instrumento eficaz. Quando você troca vantagem para uma pessoa falar, já começa errado”, concluiu. As informações são da Gazeta do Povo.


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  1. Esse ministro é ministro da nação ou ministro dos petistas.
    Hora nenhuma um ministro do Presidente Bolsonaro deixou de atender um prefeito ou governador na pandemia dependendo de partido.
    “Pé de azeitona não dá uva”!

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