Deputado Federal Nikolas Ferreira Deputado Federal Nikolas Ferreira

Não tenho que matar bebê para me vingar do estuprador, diz Nikolas

Deputado Nikolas Ferreira se opõe à ideia de aborto como vingança contra estupradores e defende endurecimento de penas

Em uma manifestação enfática na última sexta-feira (14.jun.2024), (PL-MG), deputado federal, expressou seu desacordo com a noção de que o aborto é uma maneira de se vingar de estupradores. De acordo com o Poder 360, Ferreira, que é coautor do projeto de lei “antiaborto” (1.904 de 2024), argumentou em sua rede social X (ex-Twitter) que não é preciso “matar bebê” para punir um estuprador, mas sim “endurecer as penas” para esse tipo de crime.

Ele afirmou: “Eu não tenho que matar uma criança para poder me vingar do estuprador, o que a gente precisa é endurecer as penas para o estuprador”, ressaltando que as crianças não devem ser punidas por atos horrendos cometidos por outros. Ele também levantou dúvidas sobre o uso de falsas alegações de abuso sexual como razão para realizar um aborto e criticou os que, em sua opinião, querem legalizar o aborto no país por meio de “pequenos passos”.

Nikolas destacou que a discussão em torno do aborto deveria se fundamentar em pontos técnicos e factuais, descartando alegações como “sem útero, sem opinião”. Controvérsia surgiu quando ele mostrou uma imagem distorcida da deputada Erika Hilton (Psol-SP) em seu vídeo, questionando a relevância da opinião dela e de outros sobre o tema.

A parlamentar Erika Hilton já se deparou com desavenças anteriores com Ferreira em relação a questões de gênero. Ela recentemente recorreu ao MPF contra ele, alegando homotransfobia.

O plano em discussão visa igualar o “aborto após 22 semanas” ao crime de homicídio e já conseguiu a aprovação de sua solicitação de urgência na Câmara dos Deputados. Isso possibilita que o projeto seja avaliado diretamente em plenário sem a necessidade de passar por comitês temáticos. Além disso, o autor do texto, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), declarou sua intenção de elevar a sentença para estupro a “30 anos”.


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