Ação com pedido de explicações foi apresentada no TJ do Rio de Janeiro
Presidido por Cláudio Nascimento, o Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT apresentou ao TJ do Rio de Janeiro uma ação com pedido de explicações ao Flamengo. Segundo informações do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, o grupo acionou a Justiça por causa da lista de inscritos para a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Na relação de 30 jogadores do time carioca, não há nenhum nome indicado para usar a camisa 24.
O clube também não relacionou nenhum atleta para vestir a camisa 12, visto que o número é reservado à torcida, não podendo ser usado por jogadores.
– O fato da numeração do Clube pular o número 24, considerando a conotação histórico cultural que envolta esse número de associação aos gays, deve ser entendido como uma clara ofensa a comunidade LGBTI+ e como uma atitude homofóbica – alega a petição.
Carlos Nicodemos, advogado que representa o Grupo Arco Íris, quer explicações sobre a razão de o número 24 não ter sido incluído.
O brasileiro sofre de uma ignorância crônica. O número 24 no Jogo do Bicho representa o mamífero veado. O jogador tem que aceitar usar uma camisa com esse número. Se não aceitar o clube simplesmente lhe atribui um outro número qualquer. A ignorância consiste no fato de que os homossexuais nas décadas de 1030 a 1950 eram chamados de “TRANSVIADOS”, palavra que depois foi reduzida para “VIADOS”, coisa que não tem nada a ver com os VEADOS, por sinal, uma espécie animal onde até hoje não se observou um caso sequer de homossexualismo.
Sem dúvida, e com toda razão, o 24 (veado também no jogo do bicho), foi excluído para não expor o jogador a vexames e bulling.