O país tem o que pode ser a maior reserva mundial de lítio, usado na bateria de diversos produtos de alta tecnologia
Ao tomar o poder político no Afeganistão após a partida dos EUA, o grupo radical islâmico Talibã passou a deter também o controle sobre uma riqueza mineral estimada em algo entre US$ 1 trilhão e US$ 3 trilhões.
O Afeganistão tem depósitos estimados em pelo menos US$ 1 trilhão (R$ 5,2 trilhões), incluindo o que pode ser a maior reserva mundial de lítio. O mineral é usado na produção de chips de alta tecnologia e baterias de grande capacidade, utilizada em celulares, carros, entre outros. Esse é um dos alvos do Partido Comunista da China (PCC) no país asiático, que fez acenos positivos ao Talibã depois de o movimento extremista voltar ao poder.
“O Afeganistão tem o que a China mais valoriza: oportunidades em infraestrutura e construção de indústrias, além de acesso a US$ 1 trilhão em depósitos minerais inexplorados”, escreveu Zhou Bo, que foi coronel do exército chinês entre 2003 e 2020, em um artigo publicado no jornal New York Times, no sábado 21. “Com a retirada dos EUA, Pequim pode oferecer o que Cabul mais precisa: imparcialidade política e investimento econômico. ”