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Moraes diz que desinformação eleitoral fez “lavagem cerebral” em “bolhas” nas redes sociais

Desinformação eleitoral nas redes sociais é como ‘lavagem cerebral’, diz Alexandre de Moraes em despedida do TSE

Na última quarta-feira (29), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, expressou que a desinformação eleitoral nas eleições anteriores, impulsionada por algoritmos, resultou em uma espécie de “lavagem cerebral” em “bolhas” nas mídias sociais. Ele fez essa declaração durante a cerimônia de sua despedida do cargo, que será assumido por Cármen Lúcia a partir da semana seguinte.

Durante dois anos na liderança da Corte eleitoral, Moraes se dedicou a combater as alegadas “fake news” na última eleição presidencial, vista como a mais polarizada em tempos recentes. Suas decisões controversas nesse período incluíram a suspensão de perfis de mídia social e a remoção de conteúdos, principalmente de apoiadores do ex-presidente (PL).

No seu discurso de despedida do cargo, Moraes declarou que a manipulação política das redes sociais impactou diretamente a “liberdade de voto” das pessoas. Ele insistiu que a luta contra isso deve permanecer como foco, não só da Corte, mas dos Três Poderes da República.

“Não é possível admitirmos que haja a continuidade do número massivo e da desinformação, das notícias fraudulentas, das deep fakes, as notícias fraudulentas agora anabolizadas pela inteligência artificial. Não é mais possível que a sociedade e todos os Poderes constituídos aceitem essa continuidade sem uma regulamentação mínima que garanta que o que não é possível na vida real não seja possível no mundo virtual”, afirmou (veja na íntegra).

Ele afirmou que as ações implementadas pelo TSE nas eleições de 2022 e as propostas para 2024 devem assegurar que as redes sejam responsabilizadas por não seguir as regras de luta contra o que ele define como “desinformação”.

“Avançamos para demonstrar que essa verdadeira lavagem cerebral feita por meio de algoritmos não transparentes e viciados para determinadas bolhas, e isso continuará sendo combatido pela Eleitoral”, pontuou.

Alexandre de Moraes diz que as resoluções aprovadas pela Corte são “o que há de mais moderno no combate às fake news”, reconhecidas por instituições estrangeiras como de “vanguarda”.

“O eleitor não pode ser bombardeado por interesses políticos e ideológicos, ou mesmo, quase sempre, financeiros, por notícias deturpadas, por discursos de ódio, misógino, racista, nazistas. […] Isso não só corroi a democracia, como a pessoa humana”, afirmou o ministro, associando esses discursos ao bullying, conflitos familiares e o surgimento de líderes populistas ao redor do mundo.

Moraes categorizou isso como um “novo populismo digital extremista” que encontrou resistência no Brasil por meio do TSE, tribunais regionais eleitorais, juízes eleitorais, Ministério Público Eleitoral e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “A população brasileira saiu vencedora, acreditou nas urnas eletrônicas, um comparecimento maciço nas eleições […] apesar dos ataques e bombardeio de desinformação e da tentativa de tirar credibilidade […] o eleitorado acredito na Justiça Eleitoral”, completou.

“O Poder Judiciário brasileiro não se acovarda mediante agressões, populistas extremistas que se escondem atrás do anonimato das redes sociais”, disparou.

Várias medidas polêmicas

Desde 16 de agosto de 2022, Moraes preside o TSE e liderou uma das eleições presidenciais mais polarizadas da história do Brasil, focando no que ele classificou como uma luta contra as supostas “fake news”. Durante esse período, ele tomou medidas controversas, incluindo o bloqueio de perfis e a demanda por remoção rápida de conteúdos das redes sociais sob a justificativa de que poderiam afetar o resultado das eleições.

Depois das eleições, Moraes estabeleceu uma série de ações que levaram à inelegibilidade de , incluindo a ação relacionada à reunião com embaixadores estrangeiros na qual o ex-presidente questionou as “urnas eletrônicas”. Posteriormente, Bolsonaro foi considerado culpado por supostamente usar as celebrações do “Bicentenário da Independência” como eventos de campanha.

Moraes tentou se aproximar do mundo político no final de seu mandato, em face do aumento das críticas, como evidenciado pela absolvição unânime do senador (União-PR) no TSE na semana passada. Ele também escolheu não agendar o caso envolvendo o senador Jorge Seif (PL-SC), um aliado de Bolsonaro, que será examinado sob a administração de Cármen Lúcia. As informações são da Gazeta do Povo.


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  1. Lavagem cerebral eo TSE que faz no povo tentando enganar sobre a seguranças das urnas sacrosantas. Ativismo político é o que este senhor praticou durante estes dois anos. Trabalhou a favor de colocar a quadrilha de novo no poder.

  2. Interessante! Para ele só é válido o pensamento único ideologizado. Tudo que for fira disso, que represente autonomia, se torna perigoso. Basta ver as decisões deste senhor que pegou gosto pelo poder.Tudo que o contraria é perigoso, fake news, nazista e antidemocrático. Típico de ditador. Ortega, Maduro que o digam.

  3. Todos sabemos dos feitos desse “suposto” juíz, no verão passado. Lex Luthor de Moraes ,precisa mudar a caminhada,o povo está mais esclarecido e outra fraude,com certeza não acontecerá. “Cala a boca já morreu”,como disse a aloprada Carmem,agora caro rábula “Inês é morta” e tudo será como dantes no quartel de Abrantes . Ainda há tempo,junte-se a nós os conservadores patriótas.

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